Diagnóstico de Autismo: Cuidado com Sinais Isolados e Conclusões Precipitadas
- Inclusive Você Terapias
- há 19 horas
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Atualizado: há 15 horas
Será que meu filho é autista? Essa pergunta tem se tornado cada vez mais comum entre pais e educadores
— e, infelizmente, também tem sido respondida de forma apressada, muitas vezes com base em vídeos curtos da internet ou observações isoladas.
Se você já ouviu que “andar nas pontas dos pés” ou “não olhar nos olhos” são sinais certos de autismo, este artigo é pra você.
Vamos conversar sobre comportamentos que costumam gerar confusão, desmistificar ideias comuns e mostrar quando realmente vale a pena buscar uma avaliação especializada.
O aumento de informações (e desinformações) sobre o autismo
É verdade que hoje temos muito mais acesso a informações sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA). Isso é positivo: reduz o preconceito e estimula diagnósticos precoces. Mas existe um outro lado da moeda: a banalização do diagnóstico.
Vídeos virais, checklists simplificados e comentários de terceiros têm levado muita gente a “fechar um diagnóstico” apenas com base em 1 ou 2 comportamentos
— sem avaliação clínica, sem histórico e sem considerar o contexto da criança.
Comportamentos que geram confusão (e por quê eles isoladamente não indicam autismo)
Abaixo, listamos alguns dos comportamentos frequentemente mal interpretados como sinais definitivos de TEA.
Todos eles podem, sim, estar presentes em pessoas autistas — mas também em muitas outras situações.
1. Andar nas pontas dos pés
Esse comportamento chama atenção, especialmente em crianças pequenas. Mas ele pode ocorrer por diversos motivos: imaturidade motora, fase do desenvolvimento, busca por estímulo sensorial ou apenas hábito.
👉 Só se torna relevante quando é persistente, frequente e vem acompanhado de outros sinais.
2. Evitar contato visual
Não olhar nos olhos o tempo todo não é, por si só, um traço autista. Crianças tímidas, ansiosas ou de culturas diferentes podem agir da mesma forma.
O que se avalia no autismo é a qualidade do contato social como um todo.
3. Estereotipias (movimentos repetitivos)
Balançar o corpo, bater as mãos, girar objetos... Estereotipias podem surgir em momentos de excitação, tédio ou concentração — em qualquer criança.
O alerta vem quando são muito frequentes, inflexíveis e causam prejuízo à interação ou aprendizagem.
4. Atraso de fala
Embora muitos autistas apresentem atrasos ou alterações na linguagem, esse também é um sinal comum em outras condições — como dificuldades auditivas, ambientais, neurológicas ou até questões emocionais.
5. Resistência a mudanças
Crianças que gostam de rotina não são automaticamente autistas. Isso pode estar ligado a ansiedade, temperamento ou criação.
No TEA, essa rigidez costuma ser intensa, afetar o cotidiano e vir acompanhada de outros padrões comportamentais.
6. Interesses intensos ou repetitivos
Gostar demais de dinossauros, astronomia ou super-heróis não é algo raro.
Só se torna um sinal de alerta quando o interesse é inflexível, dominante e prejudica o desenvolvimento de outras áreas da vida.
Por que o diagnóstico deve ser feito por especialistas?
O diagnóstico do TEA não se baseia em um ou dois sinais isolados, mas sim em um conjunto de critérios clínicos observados ao longo do tempo e com base em instrumentos validados.
Psicólogos, médicos e outros profissionais capacitados avaliam:
História de desenvolvimento
Qualidade da comunicação e interação
Comportamentos repetitivos e padrões sensoriais
Funcionalidade e impacto desses comportamentos no dia a dia
Essa avaliação muitas vezes envolve entrevistas com os responsáveis, observações clínicas e testes padronizados.
Atenção e acolhimento: o que realmente importa
Se você tem dúvidas sobre o desenvolvimento de uma criança, o melhor caminho não é o julgamento precipitado — e sim o olhar atento e o apoio correto.
Buscar uma escuta profissional não é rotular — é cuidar com responsabilidade.
Em Madureira, você pode contar com apoio especializado
Na Inclusive Você – Terapias Integradas, localizada em Madureira (Zona Norte do Rio de Janeiro), oferecemos avaliação especializada para crianças e adolescentes, incluindo o acompanhamento de casos com suspeita de autismo, TDAH e outras condições do neurodesenvolvimento.
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